Eu lembro de tudo que as pessoas que vivem um amor convencional lembram: Do seu jeito, do seu sorriso, do seu olhar, do seu beijo, do seu cheiro, da nossa sintonia e de tudo aquilo que nos unia. Lembro perfeitamente do dia em que te conheci, da forma que te olhei e do que se passou na minha cabeça quando estávamos frente a frente: "é ele". E era. E foi. Foi você no beijo mais gostoso, no abraço mais aconchegante, no sexo mais intenso e nas declarações mais sinceras. Foi você nos dias de calor, de frio e até mesmo nos de chuva. Foi você de manhã, de tarde, de noite. Foi você a hora que a gente quisesse que fosse. Foi você quando eu não esperava que fosse e quando comecei a esperar até demais que fosse. Foi você quando não queria que fosse e quando comecei a gostar da ideia que fosse. Eu juro, foi você.
Se fosse qualquer outro não seria, eu não deixaria e nunca que aconteceria. Mas por ser você eu deixei e aconteceu. Deixei porque gosto dessas surpresas que acontecem quando a gente menos espera, sabe? Que não dá nem tempo de pensar, do frio na barriga bater e o coração acelerar. Aconteceu porque você, sei lá como, conseguiu abrir a porta de um lugar que estava trancado e eu nem sabia onde estava a chave. Agradece aí o seu chaveiro porque único que conseguiu entrar, eu juro, foi você.
Foi você o único que consegui ser quem eu sou, sem medo. Foi você que fez meus dias parecerem mais alegres. Foi você o único que eu consegui me entregar. Foi você que me fez mais feliz a cada reencontro. Foi você que fez eu me sentir bem depois de tantos fazerem eu me sentir mal. Foi você que me fez entender o que é um sorriso involuntário só por poder estar ali, nos braços da pessoa que a gente gosta. Foi você que me ensinou tirar os pés do chão. Foi você que me mostrou o que é se sentir protegida, cuidada e respeitada. Eu juro, foi você.
Você foi quase amor.
O quase amor mais bonito, eu juro, foi você.
Uma pena existir um longo espaço entre ser e quase ser.
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